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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Revés santificado





Revés santificado




Emudeci perto da piedade para coagir e delongar
aquele revés santificado.
Mas foi anunciado o vocábulo divino a ser visto e
revisto e assassinado.

Como uma estrela bem pura clarificou a penumbra e 
o planeta oscilou bem fino.
Num momento alterou inexplicavelmente e demudou
o cheiro do sabor já divino.

Gritou o meu silêncio ao meu redor através da arca da
aliança e da lamúria involuntária.
Por fim proferiu a expressão não como quem fraqueja
e incita o desespero da malária.


Porém como quem foge do xadrez e nota o santificado
laquear das macieiras.
Junto com os demônios perturbadores das dores febris
ungida pela viseira.

Mas tinha uma luz em inglês adaptado e pervertido
pela importação da fé.
Tinha Cristo, Buda, Maomé, uns sentados e outros á
amparar-me de pé.

Foi assim a noite inteira com dragões e serpentes
fazendo meu cabelo.
Mordia os meus lábios em grandes confusões de um
excêntrico pesadelo.












O NOVO POETA. (W.Marques).

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Adolescência




Adolescência



Adolescência!!! Eles adoram suas essências.

Seu cheiro de fato é mais leve, sua pele é
aveludada.

Adolescência hormônios a mil e energias
febris  aceleradas.

Contestam o antigo dispensam os abrigos.

Deixam-nos de lado preferem os amigos.

São iguais a nós com os nossos entes antigos.

São diferentes sendo iguais, parecem novos
mas serão semelhantes lá na frente com os
seus pais.

Essa geração Y de mentes divergentes são
tão novas como as de antigamente.

Precisamos sempre do falso novo pra criar
o antigo do futuro, pra andarmos pra frente
e acreditarmos que somos melhores que os
nossos antecedentes.












O NOVO POETA. (W.Marques).

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Diabo de bustiê



Diabo de bustiê




Deslumbrei-me com uma doce aventura com a bela de
bustiê.

Tinha nas curvas a isca da iniqüidade!!!

Na penumbra vivia entre vacas e piranhas na expiação.

Eu uma presa fácil fenecia no fado da atração fatal.

Tornei-me pecador vulgar no desejo contido.

Torneada pelas mãos de Deus e usada pelo diabo,
me fez corajoso, forte  e destemido.

Jovem de beleza estonteante me deu um prazer
que eu nunca tive antes.

Arranquei nos dentes seu bustiê, quando no meu colo
eu alisava suas pernas, sua pele perfumada,  seus glúteos  
macios e seus seios brancos e fartos, tudo ocorria antes
mesmo de ir pro quarto.

Aquecia-me no gosto sublime do deleite, era mais que
carne parecia divina.

De vulto enquadrado a me enlouquecer com seu jeito e
gestos preparados.

Seus olhos febris e suaves, mas com a chama atroz que
devorava as almas, me deliciei com seus bustos austeros
com divisa onde flamejava o símbolo da malícia sem voz.














O NOVO POETA. (W.Marques).

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Indócil



Indócil  



Meu uivo era de um lobo latino
americano.

Um tanto medonho com natureza
de um profano.

Ela era minha presa preza nas garras
do carcará genuinamente brasileiro
sem dó olhada.

Ansiosa e com o sistema nervoso a
latejar louca pra continuar a me
degustar, eu usado e usando seus
atributos felinos.

Seu anel febril indócil e carnudo
com pelos e pele de veludo.

Mas o prazer era sensorial e de um
querer indomável.

Quanta orgia delirante éramos um
só fundidos no prazer extravagante.














O NOVO POETA. (W.Marques).