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domingo, 26 de fevereiro de 2012



Diabo de terno




Que eu não morra sem adeus.

Que eu não morra sem os meus.

Que eu parta, mas me aparta do
inimigo de Deus.

Eu não fiz trato com o diabo, e nem
babo de medo dele.

Tem gente aqui passando vergonha
no irado e  malvado.

Tem muita coisa escondida, muita
treta com ajuda do capeta.

Que eu não morra esquecido dos
mortos vivos.

De mármore não preciso, nem fita
ou adesivo.

Tem muita peste no mundo e no
inferno.

Tem muito diabo imundo vestindo
terno.














http://poetadefranca.blogspot.com/
O NOVO POETA. (W.Marques). 

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012



Depois da chuva



Tinha tantas flores na minha vida.
Tinha tanta vida minhas flores.

Meus amores me amavam sempre.
Sempre amei os meus amores.

O sol tinha tanto brilho, era o olho
de Deus me filmando.

Tinha tanto brilho no seu sorriso
que eu ria só de te ver.

Mas as flores que te dei eram de
verdade.

O seu amor de fato era minha
 vaidade.

Por que foi e levou as flores junto
com seu sorriso???

Agora sol não brilha tanto... Parece
que o filme está acabando.

Quanto terminar essa chuva, volte e
traga tudo de volta.

Que eu estarei aqui olhando pro sol,
só e te esperando.

       










                            
O NOVO POETA. (W.Marques).

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012



Seu riso



Onde foi minha branquinha, ela é mulher pronta.
Ela disse que foi numa festa junina, menina!!!

Seu beijo está tão longe... Mas sua alma está
na minha.
Ela não brinca mais de casinha, é mulher feita
e perfeita.

Ela é tão bela, danada, risonha, como eu gosto
dela.
Não chora não viu, seu riso é tudo que esse poeta
precisa.

Diz menina pra quem diz que te quer que essa
potiguar é minha e que  é meu amor de primavera.

Meu anjo em aquarela, minha flor forte, do norte e
de cheiro  bom, minha doce e delirante espera.













O NOVO POETA. (W.Marques).

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012



Anel atroz  




Puxo para ela um assento, eu sutilmente reparto
com ela até minhas natas.
O que jazemos improvisando nem nós mesmos
conhecemos os ratos e as ratas.

É um néctar e muito moça, ela não é desta centúria
e está atônica.
Já estamos desamparados, a morteira!!!  Encalça, ela
jamais abdica.

Cada quadra, mais isso nos assombra, como quem saiu
do cárcere, compreendemos um pouco o outro.
Alguma coisa terrível, estamos num anel infernal, talvez
isto não sejamos nós seres ou pobres brotos.

No crepúsculo aguardo o teu advento, a vida me semelha
pendente por um fio.
Que importância tem o viço, fama, alvedrio, quando
enfim aparece trio.

A esperada e querida trazendo nas poses o seu cruel final,
que venha, solevanta a sua escuridão.

Ela contempla-me firmemente, foi ela ficou diante de minha
mãe no leito e foi ela que levou meu primo entorpecido  pro
inferno.
Não quis flores e se esvaiu na imensidão e disse que volta no
inverno.














O NOVO POETA. (W.Marques).