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sábado, 29 de setembro de 2012

Diabo de cueca rosa





Diabo de cueca rosa




Numa lufada ecumênica os
loucos fatigantes iam para o
endereço das trevas cênica.

Na rua da desgraça no numero
666 pra encenar a nova ceia.

O antigo e contemporâneo
ficou apavorante como nunca
eles haviam ficado antes.

No necrotério, o morto brilhava
com se estivesse vivo na madeira
flamejante, sua forçava nos
folhelhos de missa de sétimo dia
era horripilante.

Suas moléculas padeciam no
seu fado escuro, ele ia pra outro
plano sem sexo e poder carnal
bem atrás do muro.

Era outra química além do cruel
campo-santo.
Sua capa era roxa diferente do
outro manto.


Seu frio e mau temperamento
via a decomposição do seu corpo
que foi vivo e agora sem arrogância
estava sendo desmanchado morto
no chão.

A maior vingança de seus inimigos
foi sua morte, mas o desgraçado
tinha sorte e estava sendo esperado
pelo chefe do brau, sem garfo e sem
pau.

De tão mau ele abraçou o capeta
de cueca rosa.
Eles tinham a eternidade pra
atualizarem a prosa.
















O NOVO POETA. (W.Marques).

segunda-feira, 24 de setembro de 2012



Terra de cego



O bicho tinha um olho só.
Os vermes ajudavam, dava
dó.

A luz ofuscava a desgraça.
Sua mala tinha a alça da
maldade.
Atos antigos, desde a era
antes de cristo.

Na cachoeira rolava bichos
e tinha muitas cascatas.
Faltava dinheiro na saúde,
era uma sena de dor.

A puta ficava com o baralho
dava muito trabalho.
Gerou um câncer terminal.
O juiz corria do tribunal.

O presidente estava sem dentes.
Os sóbrios pareciam dementes.
Mas os silêncios os condenavam.
Os direitos lhes ajudavam.

Mas terra é fértil e gentil.
Tem um bravo, retumbante
e varonil.

É!!! Disseram que Deus é do Brasil.
















O NOVO POETA. (W.Marques).

sábado, 22 de setembro de 2012

Calmaria




Calmaria



Uma alma vazia.
Uma calma fria.
Uma calmaria.

Onde mora a alegria?
Ainda quero o queria.
Vai noite, vem o dia.

Minha flor viria.
Minha dor vadia.
Minha cor ardia.

Meu som chia.
Meu tom mia.
Meu dom agia.

Minha morte pia.
Minha sorte lia.
Meu norte reluzia.

Vivo torto tia.
Vivo morto, fantasia.
Vivo solto, gostaria.











O NOVO POETA. (W.Marques).

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Cavalo vermelho



Cavalo vermelho




O cavaleiro de gelo galopava ligeiro
em meu nítido e santo espelho.
 Estava em desespero o cavaleiro
de gelo em seu cavalo vermelho.

Seu coração não bombeava sangue,
ele não tinha coração quente.
Sua ação torturava os caranguejos
do lodaçal, matava a semente.

Havia um ar sinistro em seu espectro.
Seu olhar abrasava os sem calma.
Havia desgraça sem a graça de Deus,
já estava vendida sua pobre alma.

O cavalo vermelho fazia parte do seu
projeto, era seu estimado e amado.
O cavalo vermelho tinha a arte de
aniquilar os retos, era o próprio Diabo.  









O NOVO POETA. (W.Marques).  

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Fração de mim




Fração de mim





Quer saber quem sou eu?
Estou escondido nos meus
versos.

Mostro-me, escondo, disfarço.

Quer saber quem sou eu?
Sou boa parte da minha poesia.

Sou fato, sou fantasia, sou real
e sou utopia.

Se não me encontrar nos meus
versos... Talvez seja fração do
nada.

Sou o choro da alegria, sou o
riso da risada, sou o sapo e
sou a fada.

Quer saber quem sou eu?
Sou mesmo apenas uma parte
a outra fase de mim é a arte.












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O NOVO POETA. (W.Marques). 

domingo, 16 de setembro de 2012






Podres e mórbidos




Na noite escura não encontrei meus
eus.
Na noite escura eles foram bruxos e
ateus.

Procurei mergulhei no lodo podre e
mórbido.
Atrapalhei-me com o iodo, enxofres
tórpidos.

Eu estava lá, sumia e o diabo doido
sorria.
Tinha piolhos pulando e animando
água fria.

Morto, eu vivo, eu corpo, etérico,
esférico.

Que peso deles, que pesadelos.
Flutuava, respirava, ia e voltava.

Na noite escura água mole, pedra
dura, não bate e não fura.










O NOVO POETA. (W.Marques).

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Menina peralta



Menina peralta



A menina peralta jogava
bolinha, jogava peão.

menina bonita e danada
o menino imitava.

Rosto rosado, cor da rosa
que tinha roubado.

Era rosa mais rosa que eu
tinha deparado.

Olhar lampeiro, a menina
peralta não titubeava.

Fazia arte, fazia parte do
reino, uma estrela d’alva.

Tinha personalidade, não
parava, corria e pulava.

De todas era a mais astuta
sua mãe cortava o dobrado.

Era a menina mais linda, cor
da rosa rosa.

Era de todas a flor mais bela
que meus olhos já haviam
avistado.










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O NOVO POETA. (W.Marques). 
13/09/2012