Total de visualizações de página

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Rabugentando


Rabugentando





Estou remando a esmo sem destino certo
minha vela ainda está acesa no meu rosto.
Haja desgosto e vontade contida no deserto
um festival de eras pra ser virou desgosto.

Tomo cachaça e muita cerveja comemorando
com os ratos no mês de fevereiro aqui no Brasil.
Neste verão rigoroso está meu corpo todo suando
estou com vontade de manda pra puta que pariu.

Meus versos estão sem ternura, sem graça
a velhice está me rabugentando em casa
cansei de contar proezas com dominó na praça.
Cansei de perder o trem e tropeçar na asa.

Hoje foi um dia de deboche com a vida chata
é que eu vi a morte fazendo desgraça rotineira.
Vi os meus pensamentos se perderem na mata.
Vi a vida e os homens fazendo muita besteira.


















O NOVO POETA. (W.Marques).