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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Oscilação


Oscilação



É!!! O escuro de minha alma não está muito claro
e o meu corpo pede êxtase pleno.

É!!! O muro não é seguro, falta arrimo forte pra não
cair quando eu me oscilo.

Fujo de quem amo e amo quem foge de mim padeço
sem querer e não quero padecer.

Corro sem aferir, aferindo o risco fico meio arisco.

Sujo e tenho enganos e o noviço fica assim sem logro
e sem ser o amem do meu ser.

Ponho louro no jantar e o sabor fica mais forte e
sirvo o molho misto.

Visto a veste séria que o mundo me propõe e me
aconselha.

Insisto nisso porque o próximo segundo do meu
filho se assemelha.

Fico só, fico quieto sem saber se sempre o meu
errado era certo.

Pra uns fico nu descoberto e pra outros vou indo
meio experto.

Vou indo, vou indo... Com furor e com felicidade de
estar vivo.















O NOVO POETA. (W.Marques).

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Vampiresca

Vampiresca


Havia uma rubrosidade por todo corpo dela
Um ar Irregular com fleches de luz ao fundo
Deleite dos cruéis, aos gritos fechou a janela
Estranho, a vespa era grande doutro mundo.

Piso negro pelo corpo quente nas entranhas
Autopista entupindo o sangue nesse calvário.
Ofuscada alma no inferno, nova viúva aranha
A noite toda correu feito um palhaço operário.

Traguei tudo que tinha ali sem tirar a viscose
Fitei vultoso inseto com uma bolsa de morte
Ali manava falsos médicos dizendo i!!! Virose
Morri varias vezes e ressuscitei na pura sorte.

Festim novamente viajei, gostosa degustação
Estação da juventude cristaliza na pele fresca
Meio espantado despertei, estranha sensação
O medo e a oração espantaram a vampiresca.









O NOVO POETA. (W.Marques).

domingo, 31 de julho de 2016

Talvez um anjo


Talvez um anjo





Tens vindo buscar sorrateiramente os entes
vem adoece sem que se apresse os leva
pro céu ou pra trevas.

O ambiente fica vazio, não provoca mais em
mim arrepio como antigamente, já chorei
demais compulsivamente.

Não me acostumei com sua presença é
que as vezes você é necessária pra aliviar
a dor dos cruéis tormentos.

Embora não a compreenda os porquês
que os levas os fora de hora ou os que
mal vieram e foram embora...

Não deve ser negra e nem branca nem
do mau ou santa, es somente a oficial
da sorte  a excelentíssima morte.













O NOVO POETA. (W.Marques).

sábado, 25 de junho de 2016

Carretéis flexíveis



Carretéis flexíveis




Minhas marchas deixam chegadas obvias e originais.
Minhas trilhas tem carretéis flexíveis e intenso.
É incoerente a alegria que submerge em risos anormais.
Deveria ser macia a pantera bela que hoje dispenso.

Mas a besta partiu minha vértebra em brotos no inverno.
O diamante da época foi medido no metal dourado.
Meu hálito é de víbora de séculos passados no inferno
que vem pelo vento batido aos meus nobres amados.

Vira e volta a agonia com som de trombeta se recria.
Trombeta soa com ocasiões modernas liberta e triste.
Nos tempos danosos junta-se as partes que ainda arrepia.
Foi a inocência por água abaixo junto com os alpistes.

A extinção do cordeiro e de crianças pura ainda acontece.
São maquiagem de existência sutil com ondas picantes.
São os chupins do umbral com gargantas de outras espécies.
Mas tem uma luz ofuscante com olhos de sangue e inebriante.














O NOVO POETA. (W.Marques).

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Receio do remate


Receio do remate



Quero ver de novo os raios metais
dos estrondos obscuros.
Tenho aceito longos braços nos
escombros dos muros.

Está refletindo o trovador com o
findar dos seus dias.
Os messes despejam nele um frio
na alma que cria.

Virá a outra estação com apenas
um vento quente.
Ouço os cantos dos pássaros felizes
apures que gente...

O vigor que faísca na minha ilha é
de tempo contado.
Vem depressa novidade, vê se nasce
nesse pobre coitado.










O NOVO POETA. (W.Marques).

sexta-feira, 13 de maio de 2016

10 graças


10 graças





Está sem graça sem mulher e sem cachaça.
Sem uma alegria coerente estou banguela
com os dentes.

Sou misto, um cachorro vira-lata sem beber.
Sou cisto, um choro, uma luz do dia de um
morto sem querer.

Sem carro e sem pato no prato, animal com
carrapato gordo bem draculado, o corpo
com ares de morto.

Espirro de inverno gripe sem terno ou ternura.
Preciso de 10 graças que dure mesmo sem vacina
doída, compro a vida.













O NOVO POETA. (W.Marquea).

domingo, 27 de março de 2016

Sinfônica saúde




Sinfônica saúde




Foi desse jeito sem arruaça ao anoitecer.
A fatalidade é estar a viver com a tosse.
De teus fulgores totais a cura é te ter
dias afastada da presença ou da posse.

Sou teu achego em teu corpo contemplativo
quando vai junta com a noite e seus bruxos. 
Junto a sinfônica saúde de um filho adotivo.
Labaredas, bombinhas nesse ser sem luxo.

Soberana a minha bactéria que se alardeia 
e concerne o escarro intenso e perturbador.
Uma desgraça que vem e vai em cadeia.
Remédio que remedia o ar e a luz sem dor.


Saúde é um sonho e a doença um pesadelo.
Os que a saúde é uma realidade tem ouro.
É a fortuna, é uma alegria sem o desespero.
Ore pelos desafortunados com soluço e choro.











O NOVO POETA. (W.Marques).

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Santas descabidas


Santas descabidas




Desconheço o mesmo fim para sua prenda assina
o sujeito, caminha mesmo a ermo, saiu no cassino.
As moças riem embebedadas bonitas de cintura fina
algumas santas descabidas torturam os sem tino.

Escurece, vem um cansaço do escuro negro e duro
é assombroso os dedos com gigantismo apontando
pros penhascos severos que se vê atrás do escuro.
Conhece pela circunferência da cabeça balançando.

Homem atrevido de pancadas férreas e porfiadas.
Bate no peito o aperto forte e a alarmante dor
a noite enquanto seu corpo tortura-se a  agulhadas
e os neurônios colidem feito os lambões do amor.

Reservado as apontas nativas de feridas com zikas.
Uma deixa de periferias grandes e purulentas.
Ponho em qualquer lugar da cabeça a parte rica
do sujeito indigente de antigas batalhas sangrentas.















O NOVO POETA. (W.Marques).

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Vinho triste


Vinho triste



O vinho do porto não afasta
mais minha triste lucidez.
Nem a sombra leve devasta
o pranto ou uma embriaguez.


Nem as aves e cantos suaves
tocam mais a minha alma.
Meu sorriso que foi pro ares
sem estado de vida e calma.


Afinal porque estou assim
retirei-me na ilha que criei.
Será mais um medíocre fim
ou foi eu mesmo que vazei.


Fugi pra montanha de Noé.
Paisagens milenares avisto.
Gosto muito de orar com fé.
Acho verão chuvoso esquisito.














O NOVO POETA. (W.Marques).

sábado, 2 de janeiro de 2016

Desgaste


Desgaste




Talvez o meu gosto seja o seu
desgosto.
Talvez seu desejo não seja o
meu Beijo.

Dá impressão que minha luz
te incomoda.
Será depressão ou um Blues
fora de moda.

Essa engrenagem parece está
enferrujada.
Não vem, não vai, espero, quero
e nada.

É o fim do filme ou foi só uma
peça de teatro.
Quis-me no inicio tornou-se um
vicio de quatro.

Agora vestes outras roupas na
hora do ato.
Usa meia curta não brilha mais
seu sapato.










O NOVO POETA. (W.Marques).