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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Pasto e pastor



Pasto e pastor


Era o coro do mal.
Era o pasto da dor.
Era a flor grave e fatal.
Era o pastor do horror.

Tinha reza com desgraça.
Tinha pressa degustativa.
Tinha riso largo sem graça.
Tinha lábia intensa, precisa.

Guitarra, som muito alto.
Glória com certo dízimo.
Gente, gentil, sacola e assalto.
Glória, deserto com préstimo.

O povo em louvor adorava.
O lobo pérfido sem dó assistia.
O povo em expiação ofertava.
O lobo sem clemência sorria!!!












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O NOVO POETA. (W.Marques). 

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Cão adotivo



Cão adotivo



Meu cachorro não tem muita valentia.
É medroso, esboça mais a covardia.
Chegou mole e doente, nem o rabinho
abanava pra “gente”.

Meu cachorro não é burro, é um tanto
até inteligente.
Finge de morto, de olhar meigo, mas não
fica na frente.

Ele é mesmo um vira lata, mas com estilo
próprio e requintado.
Não come comida, gosta de ração boa e
 bife temperado.

Acho que está mal acostumado, esconde
na casinha quando o frio aumenta.
Um pouco safado, mas um cachorro bom
e abençoado!!!

Percebe meus dias tristes, fica do meu lado,
parece entender e querer me abraçar
com olhar desejado.

Assiste televisão, um cachorro igual gente.
Marronzinho com tons sobre tons, é
bonitinho por fora e lindo de coração.

Ele precisa de mim, mas ele não sabe o bem
que me faz e que foi Deus que me deu ele de
presente.










O NOVO POETA. (W.Marques).

terça-feira, 15 de maio de 2012

Cru



Cru



A fé não pode morrer, sou boi que
vai na frente.
Esperei que vieste ver, sou o aborto
da semente.

Vou ter que dizer que não sairei do
si, quero ter.
Já briguei por pouco pão, vou sair
do posso ser.

Quero comer o todo cru, estou com
saudade de Maria.
Era a mão do norte e do sul, saudade
esquenta e esfria.

Mas o tempo tá passando, não me
apaixono pelo ar morto.
Fiquei muito tempo voando, quero-te
sentir, te cativar no horto.












O NOVO POETA. (W.Marques).

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Vendaval



Vendaval


Esses dias de ventos fortes.
Esses dias de sul e de norte.

Conto as horas, conto as notas,
conto com a ponte, conto com
a sorte.

Mas minha sorte está azarada,
sem flores brancas, sem frutos
de grande porte.

Sabe esses dias de espera sem
Visita?
Sem alguém que te espera como
Visita?

Mas amanhã está sujeito a
trovoadas.
Sem mulher, sem cerveja
gelada.

Mas se estiver amanhã sabor
de passado mal passado eu
não vou ficar acordado.

Vou esperar outra verdade,
volto depois da tempestade.












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