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quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Lucidez abstrusa


Lucidez abstrusa




Onde foi a morena pura com sua aura clara?
Está morta ou morreu na distância dos contos?
O fim do meu presente do passado presente para.
Ando por ai perdido meio abstruso e tonto.

Foi em um dia escuro que ela se despediu
Tinha uma luz divina a reluzir, era pra mim
Seu deslumbre esvaiu de dia, a mesma sumiu
Não sei se foi pro bem ou por mal nosso fim.

Uma faixa de Berlim agora rasga o meu peito
Meu voo está agitado com muita tristeza
Um nocaute na minha louca lucidez que ajeito
Ao contrario de Raul estou lúcido e sem beleza.

Como um de lá criei minha dor e um forte veneno
Como a politica que não misturou com a religião
Um sol de pouco brilho e um norte pequeno
Um sul americano assustado com uma doce ilusão.













O NOVO POETA. (W.Marques).

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Rabugentando


Rabugentando





Estou remando a esmo sem destino certo
minha vela ainda está acesa no meu rosto.
Haja desgosto e vontade contida no deserto
um festival de eras pra ser virou desgosto.

Tomo cachaça e muita cerveja comemorando
com os ratos no mês de fevereiro aqui no Brasil.
Neste verão rigoroso está meu corpo todo suando
estou com vontade de manda pra puta que pariu.

Meus versos estão sem ternura, sem graça
a velhice está me rabugentando em casa
cansei de contar proezas com dominó na praça.
Cansei de perder o trem e tropeçar na asa.

Hoje foi um dia de deboche com a vida chata
é que eu vi a morte fazendo desgraça rotineira.
Vi os meus pensamentos se perderem na mata.
Vi a vida e os homens fazendo muita besteira.


















O NOVO POETA. (W.Marques).

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Ele sorria


Ele sorria





Levantava cedo com o velho despertador.
Despertava da dor da vida o velho trabalhador.

Mas ele sorria com uma xícara de café e
seu pão amanhecido.

Mas ele sorria...

Trabalho duro na construção e sem instrução
ganhava pouco o moço envelhecido.

Mas ele sorria...

Marmita fria com ovo e farinha e um pé de
moleque de sobremesa, era tudo que ele
tinha.

Mas ele sorria...

Dormia cedo e cansado, mas com seu amor
do lado ele amanhecia.

Ele e ela sorriam...









O NOVO POETA. (W.Marques).

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Fluidos mínimos


Fluidos mínimos



Minha cruz com toda ética ainda vive
e expectora mais um novo filosofar.
Com nova ordem do céu o ar sobrevive
mais um precipício escondido no mar.

Boicotam rotineiramente sem você ver
bactérias essas quase todas benditas.
Há fluidos mínimos leves o quase morrer
banho meus lábios e expulso a maldita.

Tem banha na veia cheia de ar na areia
escavei varias ocasiões com uma espada.
A dor era máxima, a vida dura, acida e feia
com tantas e tantas santas vivas e safadas.

Minha hemorragia manava sem um fim
tinha abastança mais vazava no meu vazo.
A gota tinha micróbios nojentos com rotim
uma vida alarmada, alucinações sem prazo.













O NOVO POETA. (W.Marques). 

sábado, 29 de agosto de 2015

Vida eterna pra quê?



Vida eterna pra quê?



Que me adianta a vida eterna se você
morrerá um dia.
Pra que viver pra sempre se irá embora
junto com a fantasia.

Terei que sempre arrumar um amor
novo de novo.
Filhos irão antes da noite e da minha
ida em fogo.

Viverei como um bobo alegre cheio
de lembranças.
Verei sempre nascer e morrer o meio
e novas crianças.

Vida eterna sem o meu eterno amor
não presta e de nada vale.
Antes que eu me cale sem seus beijos
suas pernas e seus males.

Pedirei a Deus que mate antes que eu
retrate as minhas desgraças.
Pedirei a Deus pra não ser eterno quero
morrer de terno e sem graças.













O NOVO POETA. (W.Marques).

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Oportunistas


Oportunistas



Necessitamos de um Deus.
Necessitamos de uma religião,
de um trabalho, de lazer e de
um time pra torcer.

Mas o lobo mal aproveita de
sua necessidade e manipula
você.

Necessitamos de uma ideologia
partidária a do rico e a operária.

Mas eles roubam e dão de volta
a parte mais fraca te dão o bronze
e ficam com o ouro e a prata.

Somos manipulados e proibidos de
ler a bula, não sei somos pacíficos e
humildes ou se gostamos de sermos   
lombo de mula.










O NOVO POETA. (W.Marques).

domingo, 26 de julho de 2015

Mortos odoríferos


Mortos odoríferos



Existe um louco, um cardeal universal.
Com domínios corrosivos e mortíferos.
Reconheço seu disfarce quase natural.
É um desses mortos vivos e odoríferos.

Um espectro um frade, um quase sábio.
Ele percorre nova ideia heterogênea.
Move em gestos doces e leves nos lábios.
Emblemático junto, sem nenhuma fêmea.

Mil ideias pré-prontas sem certo ideal.
Tem um fio longo, parece algo certo.
Perde o fio em fenômeno desnatural.
Assim vejo bernes mortos e bem perto.

Estou com cólica sem romã e ansioso.
Perdi o sentido no escuro ao olhar ela.
Obra viva, roubada do pobre medroso.
Sigo meio obsoleto e triste adeus janela.











O NOVO POETA. (W.Marques).

quinta-feira, 2 de julho de 2015

The end.




The end.



Que droga essa a certeza da morte.
O perigo é se tornar um bárbaro
bruto e forte.

Que bosta essa inquietude da sorte
o risco de se afogar com comida
ou um corte.

Que fim nojento ser jogado de
baixo da terra.
Ser comido por mosca e insetos
em fases meras.

Que ida sem escolha, que bolha
que estoura.
Que fim sem the end. que morto
que entende.

Por isso o chorro de quem não
compreende.












O NOVO POETA. (W.Marques).

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Princesa do gueto (A morte da princesa).


Princesa do gueto
(A morte da princesa).




Alice nasceu na favela com nome de princesa
menina doce e de rara beleza.

Viu nos livros como era a verdadeira realeza.
Sonhava com príncipe encantado em um cavalo
branco em meio a natureza.

Ficava horas na janela sonhando...
Conheceu um moço bonito, o príncipe negro dos
seus sonhos.

Casou-se tão cedo de medo do abandono.
Amor de muita ternura, não percebeu a figura que
tinha casado.

Vivia feliz até que um dia a princesa bela de sua
janela ouviu tiros, correu olhou sem acreditar no
feito.

Viu seu príncipe encantado no chão estirado com
um tiro no peito.

Suas lágrimas molharam seu rosto de rara beleza.
Alice moça feita morreu de desgosto e tanta tristeza.

Sem castelo, sem brinco de ouro, sem sapato de
cristal,  saiu dos sonhos... está morta a princesa.  









O NOVO POETEA. (W.Marques).


quinta-feira, 7 de maio de 2015

Ressaca da tristeza


Ressaca da tristeza





Que venha de fato a luz reluzente na minha vida.
Louvarei com certa certeza a ida da morte em glória.
Quero deixar saudade, chuva de felicidade na medida.
Sem tristeza escondida na minha chegada à vitória.

Quero gozos de saúde, dinheiro e sem mortificações.
Não almejo morrer queridos colegas, mas seu morrer...
Minha avenida é solitária e espera novas motivações.
Não quero mais consternação quero mesmo viver.

Minha alma está mais forte e meu corpo envelheceu.
Como vinho tento melhorar e encorpa o meu sabor.
Mas a ressaca se instala tenta desfazer o sonho meu.
Minhas verdades misturam com esse louco sonhador.

Que a alegria fique e quando o mal dissimular que eu sinta.
Não é fácil morar dentro de mim, preso e anelado vivo.
Que a noite perca lugar pro dia, que o sol não mais minta.
Quero me embriagar com a felicidade, é isso que preciso.
















O NOVO POETA. (W.MARQUES).

sábado, 25 de abril de 2015

Dias encafifados


Dias encafifados







O que anda passando nessa minha mente besta.
História de lobisomem guarda mó e mula sem cabeça.
Ando querendo flores mais cheirosas e frescas.

Ando me achando com dias contados olhando
mais a moça do banco ao lado.

O que anda passando nesses dias que me restam?
Fantasias, quereres, dores com açoite que vem de
dia, que vem de noite...

É festa demais ou ilusão dessa minha vida com
toque de tirania.
É querer ser feliz amordaçado, é sorrir de mentira
sem alegria.

Antes era só seguir e pronto, agora sigo às vezes
triste e tonto.
Mas tem uma luzinha lá no fundo, mas não sei se
é fração de anos, dias ou segundo.














O NOVO POETA. (W.Marques).



sábado, 28 de março de 2015

Mortos do vaso




Mortos do vaso



Sórdida, sínica e sinistra me assustou
quando eu fazia xixi no vazo que tinha
as fotos dos mortos, sua e de sua família.
Era ela mesmo fria, gelada na minha trilha.

Quando pensei em sair daquele lugar
mortífero, ela me disse: pensa que vai
embora e sorriu sinistramente, a morte
era mulher, era vadia era do mal me quer.

Enquanto eu me retorcia ela de longe só
assistia esperando meu agonizar sonífero.
Mas ela viu em sua escuridão que mata
que a fé e a força sobrenatural fura mais
que tiro e faca.

Mandei embora  a vagabunda morte mulher
e  vaca, sou um touro forte mato o morto e 
mato o fato, tirem minhas roupas mas não
vão conseguir roubar os meus sapatos.










O NOVO POETA. (W.Marques).

sexta-feira, 27 de março de 2015

Amor de seis rimas


Amor de seis rimas






Eu espero o amor com muita pressa, de louça e rica.
Eu quero uma flor, o som de uma moça, a mais bonita.

Mero é sua cor, de tom de festa, ouça talvez artista.
Sem lero e dor, Von na testa uma rouca na bela pista.

Venero!!!  De valor, com dom de modesta e pouca fita.
Até adultero no calor bom que me resta, sem roupa fica.

Fulero alor, com bombom, empresta a touca e me imita.
Austero dolor marrom, na aresta beijo a nouca da lista.















O NOVO POETA. (W.Marques).

sábado, 7 de março de 2015

Nervos balizados


Nervos balizados




Tolhida está a fala que tropeça no velho farrapo.
Aparência quase morta, mas de repente se amarra.
E cassa o alento dos nervos balizados e fracos.
A magra que aborda as finas cordas de uma farra.

Boicota algo que vem do cérebro asilado e sereno.
Adimple o que quer e depois determina e apronta.
Admirável desmoronamento alheio com veneno.
Vêm apreensivos, raios de luz de moléculas tontas.

Um duelo altivo e alucinado que vem de uma caverna.
Escondido em seus íons draculados e bizarros.
Alegóricas emboscadas vêm dos enigmas sem pernas.
Num sombrio invólucro com luz, sai tirando sarro...













O NOVO POETA. (W.Marques).

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Memórias de girassol


Memórias de girassol




Tenho uma morada abrumada.
Tudo no mundo hoje está nebuloso.
Minha namorada era alinhada.
O mudo serra o som escandaloso.

Em cima tem uma entrada minguada.
Está dilacerada a alma embriagada.
Desolado com o vento que gira a teta.
Estou uma fera a espera e acuada.

O som do piano perdeu o encanto.
Cadê ela?
Já pedi pra tudo quanto é santo.
Cadê ela?

Eu lancei um olhar sobre o meu sol.
Mas espatifou com a brisa do caminho.
Minhas memórias é um lindo girassol.
Onde está o som do piano em alinho.

Vai embora vida nebulosa de espinhos...










O NOVO POETA. (W.Marques).

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Finda um envoltório


Finda um envoltório




Finda um envoltório feito para um mortal
por uma costureira lutuosa após a morte.
Morto um vivo com poder de um animal.
Tem uma luz ofuscada, má ou boa sorte.

Um concerto com som de asas de urubu.
Suplicia o luto de várias origens fulanas.
Com carniças vivas de um novo guru.
Um pano preto feito pela astúcia humana.

Marques idênticos não são irmãos e sim
cinzas que vivem nas articulações da vida.
Vive com ombros, sem braços e sem união.
É meu contratempo da estada perseguida.

Tiro certo no teto da minha própria casa.
Porque afetou o espaço da mente insana?
Mau prenúncio!!! Nesse novo ano de nada.
Tem olhar carniceiro, urubu de alma humana.













O NOVO POETA. (W.Marques).

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015



Lábios gostosos




Vira e mexe estou me apaixonando por você.
Te olho até sem querer, pois seu encanto de
mulher é de doer.

Esse seu corpo bem moldado me deixa assim
desajeitado, fico  te olhando com amor e com
olhar esbugalhado.

Que magia é essa que perco a pressa só pra
te observar, me altera o pulso, temperatura e
me deixa sem ar.

Que boca grande e bonita, que tom vermelho
tinto cheiroso dá pra sentir o  gosto gostoso
de seus lábios.

Vê se me dá uma brecha, ai vai ver que esse
louco poeta vai correndo te abraçar, se quiseres
ser minha é só piscar.











O NOVO POETA. (W.Marques).