Rabugentando
Estou
remando a esmo sem destino certo
minha vela
ainda está acesa no meu rosto.
Haja
desgosto e vontade contida no deserto
um festival de
eras pra ser virou desgosto.
Tomo cachaça
e muita cerveja comemorando
com os ratos
no mês de fevereiro aqui no Brasil.
Neste verão
rigoroso está meu corpo todo suando
estou com
vontade de manda pra puta que pariu.
Meus versos
estão sem ternura, sem graça
a velhice
está me rabugentando em casa
cansei de
contar proezas com dominó na praça.
Cansei de
perder o trem e tropeçar na asa.
Hoje foi um
dia de deboche com a vida chata
é que eu vi
a morte fazendo desgraça rotineira.
Vi os meus
pensamentos se perderem na mata.
Vi a vida e
os homens fazendo muita besteira.
O NOVO POETA.
(W.Marques).