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sábado, 24 de março de 2012



Fantasmas


Esses fantasmas que moram em mim.
Tenho medo de me entregar ao amor.
Tenho medo de repetir a mesma dor.
Esses fantasmas que tossem com asma.

Que plasma sem licença ou permissão.
Esses algozes sem bondade e sem vozes.
O amor que bule e é belo que me pode
passar um chinelo.

A dor do amor dura mais o mel do amor
dado.
Se dura muito e vem acompanhado de
paz e carinho é um insulto ao diabo.

Se dura pouco e deixa os espinhos, sofre
sem colo o pobre coitadinho.
Esse fantasma me assombra quando
vejo e sinto um novo amor.

Se me despreza eu me recolho, se me
chama eu viro molho.
Vou me preparar para o vestibular da de
uma nova vida.

Quero um lar de mão dada, quero levar
alguém no colo, quero exorcizar o medo
de amar o novo, vou dizer: solidão segue
outro medroso.

Construirei casa de flores eternas com
cheiro de luz e afeto, quero ela ao  lado
sempre por perto.













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O NOVO POETA. (W.Marques).

quinta-feira, 22 de março de 2012



Namorada


Ontem ela disse que me amava, fazia tempo
que essa palavra eu esperava.
Ontem eu dei o beijo mais gostoso e demorado,
lábios quentes amor em brasa.
                                                                                                       
Ontem meu desejo saboroso de tê-la em meus
braços se concretizou, tocaram os sinos.
Ela me fez feliz de modo caloroso minha alma
flutuou me fez sentir novo, um menino.

Dei e recebi um abraço forte, pude sentir sua
energia emanada com uma suave fragrância.
Como é gostoso o amor vivo e verdadeiro um
presente de Deus, um homem feito criança.

Namoramos horas afio, sorriamos o tempo todo
tudo era muito bonito e prazeroso.
Seus cabelos tinha o brilho das estrelas, seu riso
acalmava-me era tão maravilhoso.

Fiquei em êxtase em ter você, ontem eu guardei
você no meu coração pra nunca mais te esquecer.















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terça-feira, 20 de março de 2012



Cresceu meu menino




Cresceu menino!!!

Meu menino é moço feito.
Fala grosso exige respeito.

Cresceu meu menino arteiro,
ficou lá trás o peralta que me
achava um super  herói.

Hoje seu caminho ele mesmo
constrói.

Cresceu o qual lhe dei o meu
nome, meu time, minha religião
os meus princípios.

Que Deus o livre do mal e do
precipício.

É!!! O meu menino já homem
crescido.

Namora, estuda e logo vira
marido.

Deixou o carrinho a bicicleta,
cuida do corpo, parece atleta,
fala de mulher, de projetos.

Cresceu meu menino...

Acho que deu certo.













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terça-feira, 13 de março de 2012



Infecção generalizada




Bisturi afiado e com gestos cortantes.

Retiravam pedaços pra biópsia gigante.

Perfurou o canal e lhe encheu de bactéria.

Os germes, os vermes aproveitaram as
férias e os vírus vieram pelo ar tenebroso.

O corpo febril e cianótico ficou um tanto
desfigurado, a morte dava risada.

Espalhou-se por todo corpo a morte lenta.

Espalhou desgraça sem graça e sem medida.

Ceifou lhe o sol, seu ar, seu destino e buscaram
sua vida de um modo repentino.





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sexta-feira, 9 de março de 2012



Sapo rosa



Eu vi em um aquário enorme com peixes
pequenos, os tubarões virtuais que ditavam
as regras aos normais.

Mas tinha um sapo rosa que era bravo e que
fazia cumprir a lei, o peixe era preso na boca
da piranha bandoleira, o sapo xerife não sabia
ou fingia não saber, que o tubarão era santo
e também era bandido.

O sapo pulava, fumava ansioso, era bravo e
acintoso, de novo prendia e o peixe boi fugia.
Tinha um fio, tinha uma miada, mas quem
tentava chegar na ponta do fio o tubarão
devorava.

Tinha boa intenção, mas a regra do jogo fazia
do sapo mais um bobo pegando peixe pequeno
de pouco veneno.











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quinta-feira, 1 de março de 2012



Cobra azul



Pelejei a noite toda feito um louco, mas
me salvei da cobra azul, acertei uma
pancada forte que a parou um pouco.

Mas me olhava em pose de bote, saltei
na canoa dourada e de brilho forte tive
muita sorte.

O céu não era da cor azul, era sombrio
mal via a água da lagoa, a cobra estava ali
numa boa.

Pensei em regressar pra findar e matar a
cobra, mas vou mostrar só o pau.
Ela sabia que eu ia lá, a cobra ficou a minha
espera, ela queria me exterminar.

Tive um sonho com a cobra azul sedutora
e camuflada.  
De língua afiada, ligeira e abusada, eu corri,
ela deu risada.

Estou ainda pasmado com o veneno do olhar
da serpente cruel.
A cobra não sabe perder, ela quer que eu me
arraste com seu fel.

Eu não vou ser sua vitima fatal e não quero ver
seu  extermínio lento no rio de lágrimas com
sangue e gesto crucial.  














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