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sábado, 28 de março de 2015

Mortos do vaso




Mortos do vaso



Sórdida, sínica e sinistra me assustou
quando eu fazia xixi no vazo que tinha
as fotos dos mortos, sua e de sua família.
Era ela mesmo fria, gelada na minha trilha.

Quando pensei em sair daquele lugar
mortífero, ela me disse: pensa que vai
embora e sorriu sinistramente, a morte
era mulher, era vadia era do mal me quer.

Enquanto eu me retorcia ela de longe só
assistia esperando meu agonizar sonífero.
Mas ela viu em sua escuridão que mata
que a fé e a força sobrenatural fura mais
que tiro e faca.

Mandei embora  a vagabunda morte mulher
e  vaca, sou um touro forte mato o morto e 
mato o fato, tirem minhas roupas mas não
vão conseguir roubar os meus sapatos.










O NOVO POETA. (W.Marques).

sexta-feira, 27 de março de 2015

Amor de seis rimas


Amor de seis rimas






Eu espero o amor com muita pressa, de louça e rica.
Eu quero uma flor, o som de uma moça, a mais bonita.

Mero é sua cor, de tom de festa, ouça talvez artista.
Sem lero e dor, Von na testa uma rouca na bela pista.

Venero!!!  De valor, com dom de modesta e pouca fita.
Até adultero no calor bom que me resta, sem roupa fica.

Fulero alor, com bombom, empresta a touca e me imita.
Austero dolor marrom, na aresta beijo a nouca da lista.















O NOVO POETA. (W.Marques).

sábado, 7 de março de 2015

Nervos balizados


Nervos balizados




Tolhida está a fala que tropeça no velho farrapo.
Aparência quase morta, mas de repente se amarra.
E cassa o alento dos nervos balizados e fracos.
A magra que aborda as finas cordas de uma farra.

Boicota algo que vem do cérebro asilado e sereno.
Adimple o que quer e depois determina e apronta.
Admirável desmoronamento alheio com veneno.
Vêm apreensivos, raios de luz de moléculas tontas.

Um duelo altivo e alucinado que vem de uma caverna.
Escondido em seus íons draculados e bizarros.
Alegóricas emboscadas vêm dos enigmas sem pernas.
Num sombrio invólucro com luz, sai tirando sarro...













O NOVO POETA. (W.Marques).