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quinta-feira, 26 de maio de 2011

“Feição que fita”



“Feição que fita”




Carrego a dor de acreditar no amor sem
paz e sem que há cobiça.

Lampeja a flor mais bela, longe briga no
fatigado peito e atiça.

Tem cheiro de confusão maldita, minha
lógica nela não acredita.

Esconde a ferocidade instalada, me deseja,
“serifica” a feição que fita.

És a serpente e a estrela, és fonte de prazer,
clarifica a paixão que fica.

Mas tem bioco de uma nuvem negra já lhe
envolvendo, sua sina.

Parece um delírio ou ferrugem do ouro
que derrete a menina.

É meu conflito, dilema de flor bela vira flor
que murcha na retina.

Volta para o paraíso, estás a enlouquecer
de leve com brisa fina.

Vai ficar só o moço tosco que de ver o broto
descontrola e afina.

Adeus deslumbre da hora errada, não me
canso se me anima.

Vou me esconder da sarada e ousada fêmea,
meu santo abomina.















O NOVO POETA. (W.Marques).

3 comentários:

O banquete de Edson disse...

o dístico como estrutura de seu poema se tornam dois seres, mas no final, o ser sozinho, infelizmente.vlw

O banquete de Edson disse...

o dístico como estrutura de seu poema se tornam dois seres, mas no final, o ser sozinho, infelizmente.vlw

Rick Watson disse...

Lindo, simplesmente lindo.