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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Sangria desatada

Sangria desatada 


Sangria desatada alma fria e mal amada.

Pele nua que seduz e me acalma.

Pus pra fora todo o meu eu que me apavora
e que reprimo desde menino.
E que se externa o mal preso, que se faz valer
minha força bruta e espiritual.

Domino o bem e jogo açúcar em vez do sal.

Tempero a vida e escondo o sol da escuridão.

São pingos na cruz de um anticristo, um
misto de fé com o pé no chão.

Derrubo casas, mato com raios e trovões.

Agiganto os anões.

Clareio os sertões.

Na cidade e no céu visto terno de chapéu.

Provo o mel.
Provo o fel.

Sou aquilo que imagino engano os tolos na
sua loucura ou no seu desatino.

Levo todos e levo a vida, pois tenho a volta
e tenho a ida.

Vou levando, levando tudo.
Falo e depois fico mudo.



http://poetadefranca.blogspot.com/
O NOVO POETA. (W.Marques).

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